O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou ontem em R$ 20 milhões as empresas que integram o pool de combustíveis de Londrina, Norte do Estado. As empresas Shell, Texaco, Esso e Ipiranga foram autuadas em R$ 5 milhões, cada uma, pelo vazamento de óleo diesel e conseqüente contaminação do ribeirão Lindóia, afluente da bacia hidrográfica do Tibagi.
A multa foi aplicada após a conclusão de uma série de laudos técnicos que comprovam a responsabilidade direta do pool no vazamento de óleo diesel. Além das multas, o IAP exigiu das empresas a reparação das áreas afetadas pelo acidente ambiental. A estimativa é que vazaram 100 mil litros de óleo para o ribeirão.
“Gravíssimo”
“O episódio foi caracterizado como gravíssimo, principalmente porque as empresas sonegaram informações que poderiam ter facilitado e auxiliado na resolução do problema”, afirmou o presidente do IAP, Mário Sérgio Rasera. O IAP recebeu em maio passado uma denúncia sobre o vazamento de óleo no ribeirão Lindóia.
Na época, foi constatado afloramento de óleo diesel a 300 metros abaixo do pool de combustíveis. Imediatamente o IAP embargou as atividades de recebimento do produto no pool, determinou a contenção do material e a contratação de um estudo hidrogeológico da região para identificar o local exato da contaminação.
Comprovação
“Os estudos, somados aos nossos laudos, comprovaram sem sombras de dúvidas que o pool é responsável pelo vazamento”, disse o chefe regional do IAP em Londrina, Andrew Pinheiro Netto. O vazamento começava no tanque existente no pátio do pool de combustíveis.
O volume vazado estimado, 100 mil litros de óleo, é suficiente para atingir uma área de 4.6 mil metros quadrados. Neste trecho, foi verificado a contaminação da água do ribeirão Lindóia, do subsolo e da Área de Preservação Permanente (mata ciliar) do curso hídrico.