O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) manteve o embargo a um terreno no loteamento Marinoni, em Almirante Tamandaré, município da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), de onde foram cortados mais de 50 exemplares de araucárias na semana passada. Mesmo o proprietário da área tendo autorização do órgão para realizar o corte – já que se tratavam de árvores de plantio e não nativas -, o IAP quer discutir com os condôminos do loteamento sobre a manutenção de um bosque no local.
O problema ocorreu no terreno localizado na Rua Afonso Matuzceriski, onde o proprietário dividiu a área em 13 lotes para a construção de casas. Os moradores ficaram revoltados com a situação, e alegaram que se tratava de um crime ambiental. O presidente do IAP, Rasca Rodrigues, esteve no local e conferiu a legalidade dos documentos que autorizavam o corte.
"No que se refere a lei, ela permite o corte, até porque quem planta tem o direito de colher. E o proprietário tinha toda a documentação para isso", falou Rasca. Porém ele destacou que irá manter o embargo porque muitos condôminos alegam que quando compraram os terrenos havia no projeto duas áreas com bosques. "Ninguém imaginava que no lugar do bosque seriam instalados os terrenos", disse.
O presidente do IAP irá verificar se no projeto original do loteamento, aprovado no município, as áreas constam como áreas verdes ou não. Mas mesmo que isso também esteja dentro da legalidade, Rasca irá discutir com a comunidade local para verificar qual a melhor solução para o problema que foi constatado. "Não podemos nos pautar apenas pela flexibilidade da lei que prevê o corte, pois o processo é muito negativo. Quero decidir isso junto com a comunidade e novos encontros serão realizados", ponderou. O presidente do IAP prometeu voltar ao local na próxima semana para fazer novas verificações.