As atividades de lazer e pesca no reservatório de Foz do Areia, situado entre os municípios de Pinhão e Guarapuava (região Centro-Sul do Estado), já podem ser retomadas pela população. Nesta semana, o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, assinou a portaria n° 147 liberando as atividades depois de dois anos de interdição devido à presença de cianobactérias – também conhecidas como algas azuis – no local.

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Segundo o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, além do monitoramento constante feito pelo IAP, um dos fatores que levou à redução do número de algas – e, conseqüentemente, à liberação das atividades no local – foi a ocorrência de chuvas na região. “Desde maio percebíamos a melhoria da qualidade do reservatório, causada principalmente pela volta das chuvas. É a natureza curando a própria natureza”, afirmou.

Atualmente o número de células de cianobactérias é de 2 mil por mililitro, bem abaixo do limite recomendado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que são 50 mil células por mililitro. Os principais riscos à saúde apresentados pelas ‘algas azuis’ são irritações e alergias, se tiver contato direto com a pele, ou problemas no fígado e sistema nervoso, se ingerida.

Monitoramento

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O monitoramento do reservatório de Foz do Areia é feito pelo IAP desde 2006, quando foi constatada a proliferação das algas. Seus resultados são discutidos por um grupo de trabalho interinstitucional – composto pelo IAP, Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Sanepar e Copel – criado para estudar formas de minimizar o impacto causado pelas algas.

Estudos feitos com base no monitoramento indicaram que a proliferação das algas se deu em razão da falta de chuvas na região, aliada com as altas temperaturas – fatores que aceleraram a reprodução da espécie. “Além da estiagem, o contato com agentes poluentes despejados na bacia do Rio Iguaçu, com grande concentração de nutrientes, especialmente fósforo, possibilitaram a reprodução dessas algas”, explicou a bióloga do IAP, Cristine da Fonseca.

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A diretora de Meio Ambiente da Copel, Marlene Zanin, adiantou que mesmo com os ótimos resultados, o trabalho continua. “A Copel continuará trabalhando como havia previsto, visando sempre a melhoria da qualidade da água. Nenhuma ação anteriormente prevista deixará de ser executada”, garantiu.