J Carneiro/ SEMA |
Mesmo com a falta de chuva, as estações de monitoramento do instituto não apontaram aumento significativo nos níveis de poluição. |
Apesar da falta de chuva nos últimos dias, as estações de monitoramento da qualidade do ar do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) instaladas em Curitiba e Araucária não apontaram aumento significativo nos níveis de poluição. ?Os últimos dados emitidos por estas estações indicam que o índice de qualidade do ar (IQA) tem se mantido nas categorias bom e regular, dentro dos níveis aceitos pela legislação?, informou nesta sexta-feira (29) o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko.
Segundo ele, foi registrada alteração apenas na estação de Colombo. ?Mas a população pode ficar tranqüila porque a qualidade do ar no município ainda está dentro dos padrões estabelecidos pela lei?, assegurou. O presidente do IAP destacou que, devido à pequena variação registrada em Colombo, já determinou maior rigor na fiscalização das indústrias ? o que resultou em vistoria, na última semana, de dez empreendimentos que trabalham com cal na região central do município. Dois deles foram autuados.
Estações
O IAP possui 12 estações de monitoramento, cujos resultados orientam ações de controle e fiscalização a serem implementadas pelo órgão ambiental. ?Monitoramento é um alerta para verificar o que está acontecendo e definir providências imediatas. A idéia é identificar o problema, descobrir seu foco e embargar ou multar atividades potencialmente poluidoras?, reforçou Burko.
Em Curitiba, as estações estão localizadas na Santa Casa, Santa Cândida, Cidade Industrial (CIC), Praça Ouvidor Pardinho e Boqueirão. Em Araucária, nos bairros Sabiá (Seminário e Companhia Siderúrgica Nacional ? CSN), Vila Nova (Assis), Tidiquera (São Sebastião), Fazenda Velha (Assis), e Centro (pátio da Refinaria Repar); além de uma estação instalada na região central de Colombo.
Padrões avaliados
O diretor de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Celso Bittencourt, disse que atualmente são avaliados sete parâmetros – entre os principais estão partículas totais (poeira) e dióxido de enxofre (fumaça), sendo que para cada item existe um valor aceitável visando proteger a saúde da população.
?O IAP tem uma legislação diferenciada para monitorar e licenciar cada tipo de atividade industrial que pode influenciar na qualidade do ar. Esta legislação é modelo para o Brasil?, lembrou o diretor.
Conforme a lei, Índices de Qualidade do Ar (IQA) até 100 são considerados aceitáveis – até 50, são considerados bons e sem risco à saúde; e, de 50 a 100, regular e com risco à saúde apenas a pessoas muito sensíveis.
De 100 a 300, a qualidade do ar é considerada inadequada ou má; e acima de 300, crítica. ?Ultrapassando o limite permitido pela legislação, as estações imediatamente apontam violações na qualidade do ar?, explicou a engenheira química e chefe do departamento de Tecnologia Ambiental do IAP, Maria da Graça Patza.
Estiagem
Segundo ela, os processos industriais e veículos têm aproximadamente a mesma emissão seja no inverno, no verão ou em períodos de estiagem prolongada. ?A diferença entre inverno e verão é que os poluentes se diluem mais fácil na atmosfera durante o período de verão. No inverno a estabilidade atmosférica impede o transporte vertical de poluentes, o que aumenta a sua concentração?, concluiu a engenheira química.