Termina hoje o prazo para que os municípios entreguem ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) o plano de manejo de tratamento do lixo orgânico. No entanto, até o fim da tarde de ontem apenas cinco cidades haviam atendido a legislação. O IAP se reúne na segunda-feira para estudar que medidas irá tomar contra os municípios que não regularizarem a situação. Cerca de 40% de todo o lixo gerado é orgânico e até agora apenas duas das 399 cidades paranaenses fazem o tratamento correto do material.
As prefeituras precisam atender a Lei Federal 11.445/07 de saneamento promulgada no ano passado. O prazo para que as cidades cumpram a determinação termina hoje. Porém, parece que poucas cidades estão preocupadas com isto. Até agora 394 municípios não protocolaram o projeto junto ao IAP. As que apresentaram o plano de manejo são: Bituruna, General Carneiro, Foz do Iguaçu, Cianorte e Carambeí.
Na segunda-feira, as regionais do IAP vão fazer um balanço sobre os municípios que entraram com o protocolo e, a partir disto, o órgão vai estudar que medidas legais irá adotar.
De todo o lixo produzido nas grandes e pequenas cidades, 40% é reciclável e 40% é orgânico. Apenas 20% é considerado rejeito e não pode ser reaproveitado. Porém, a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários é superior a esses 20%, o que gera uma série de prejuízos ao meio ambiente, como o chorume, que é resultado da decomposição dos materiais e altamente tóxico.
Até agora apenas duas cidades do estado fazem o tratamento do lixo orgânico. São elas: General Carneiro e Bituruna. A cidade de General Carneiro, no sul do Estado, por exemplo, conseguiu resolver o problema de um modo bem simples e, de certo modo, barato. Das seis toneladas recolhidas diariamente, apenas 20% vão para o aterro sanitário da cidade. São os rejeitos, como a cerâmica e o osso. O material seco, como os plásticos, papéis, alumínio, vai para a reciclagem e, o orgânico, para a compostagem.