HU de Maringá sofre com falta de verbas

A falta de repasse de uma verba de R$ 31,6 milhões para o Hospital Universitário de Maringá, noroeste do Paraná, está deixando a população e a comunidade médica apreensiva.

O hospital, que tem 21 anos, precisa desse dinheiro para concluir diversas obras para poder melhorar o atendimento. Em média, o HU atende 600 pessoas por dia e recebe pacientes de diversas cidades da região. O dinheiro não é repassado há um ano.

O superintendente do hospital, José Carlos Amador, informou que esteve esta semana em Brasília a fim de agilizar o recebimento deste montante. Todavia, pelo que ele relata, pode haver dificuldade para que este dinheiro chegue nas mãos do HU.

“Ontem (anteontem) teríamos uma reunião com o ministro do Planejamento Paulo Bernardo, mas ela foi cancelada. Aproveitamos então para nos reunir com os deputados federais pelo Paraná, para que eles possam pressionar o governo federal. Gostaria de ter tido uma resposta de quando essa verba virá, mas não temos nada de concreto. Nem sabemos quando, de que forma, quanto ou mesmo se receberemos esse valor”, conta.

Amador teme que quanto mais demorar para receber essa quantia, mais cara fica a obra. “Os custos sobem todo mês. Se demorar, em vez de pagar R$ 31,6 milhões, esse valor pode saltar e a obra não ficar completa. A nossa saúde não anda bem. Mesmo estando em uma região rica do Estado, vem muita gente de cidades vizinhas para buscar atendimento aqui, pois os prefeitos não estão investindo em saúde”, alerta.

O superintendente conta que o HU de Maringá precisa urgente de algumas obras e que a situação não é boa. “Precisamos de 12 salas de cirurgia e contamos apenas com duas. Precisamos ampliar o espaço nas grandes enfermarias e também na obstetrícia. O projeto inicial do HU previa 28 mil metros quadrados de área construída, mas temos 12 mil e mais sete mil em construção. Diria que passamos por um momento delicado”, afirma.

Para ele, fica a frustração de não poder dar um atendimento melhor para população. “Esse dinheiro é um investimento no povo. É revoltante não poder realizar esse trabalho de forma correta”, conclui.

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