A suspensão do atendimento na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e na UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Neonatal, do Hospital Universitário (HU) de Londrina, já provocou a lotação dos dez leitos do Hospital Evangélico. O HU fechou as unidades depois que identificou uma bactéria, que já tinha infectado três dos 21 pacientes que estavam nas unidades. Essa é a terceira vez, neste ano, que o hospital interdita essas alas.
A bactéria identificada é a Acinetobacter, que pode causar, entre outros problemas, danos no trato respiratório, urinário e intestinal. A situação foi identificada no dia 27 de agosto, mas somente na última sexta-feira o hospital comunicou o fato. A demora na divulgação, segundo o HU, foi em função da conclusão de uma bateria de exames que serviriam para confirmar a presença da bactéria. Dos pacientes infectados, dois são de Londrina e um, de Bandeirantes, e todos já foram isolados das demais crianças.
No momento da interdição das unidades, o HU estava com todos os sete leitos da UTI ocupados, e tinha quatro crianças a mais do que a capacidade de 10 leitos da UCI, o que pode indicar que o problema ocorreu devido à superlotação. Desde o surgimento da bactéria, o HU só está atendendo gestantes até o quinto mês de gravidez ou que apresentam patologias ginecológicas.
Atualmente, a maternidade do HU está com duas gestantes internadas para controle de diabetes. Em 2007, é a terceira vez que o HU interdita as unidades neonatais, e a segunda vez que identifica a mesma bactéria. Em fevereiro, uma criança morreu na UTI, mas o hospital disse que não é possível afirmar se foi em função da infecção pela bactéria.
O reflexo do fechamento da UTI e da UCI do Hospital de Londrina já foi sentido no Hospital Evangélico, que, desde sexta-feira, observou um aumento na procura por gestantes de alto-risco, que antes eram encaminhadas para o HU. A direção da instituição informou que não existe previsão para as unidades serem liberadas.