Hospital Universitário de Maringá pode parar

O Hospital Universitário de Maringá (HU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) corre o risco de paralisar alguns setores e reduzir o atendimento em outros. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica pode fechar as portas e a UTI adulta diminuir o números de leitos. O problema está ocorrendo porque a contratação de 182 funcionários está para vencer e o governo ainda não autorizou novo processo seletivo.

Há alguns anos o HU construiu uma nova ala para ampliar o atendimento. No entanto, o setor ficou desativado por um longo tempo, até que o Ministério Público entrou na Justiça exigindo que o governo tomasse providências. Há dois anos, o setor foi aberto graças à contratação de 182 funcionários, entre médicos, enfermeiras, técnicos e funcionários de limpeza. Mas na próxima terça-feira os contratos começam a vencer.

O superintendente do HU, Carlos Edmundo Fontes, explica que se nenhuma medida for tomada nos próximos dias a situação pode se tornar caótica. No mês de julho os laboratórios podem parar, em agosto haverá cortes no pronto-atendimento e em setembro a UTI pediátrica fecha e a adulta reduz pela metade a sua capacidade.

Segundo o reitor da UEM, Gilberto Pavanelli, há vários meses a universidade está advertindo o governo sobre o problema, mas ainda não obteve uma resposta definitiva. ?Não entendemos a demora. O governo não vai gastar mais com isto. Serão repostos apenas os cargos que já existem?, fala.

Se a letargia do governo prosseguir quem vai sofrer com o problema é a população. O HU é o único hospital que atende pelo SUS na região de Maringá e que faz procedimentos de média e alta complexidade. A unidade faz cirurgias de redução de estômago e transplante de córneas. O ambulatório possui 36 especialidades e atende gestantes de alto risco. A longo e médio prazos todos estes serviços podem ser afetados.

Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil nenhuma providência foi tomada até agora porque a aprovação do novo modelo de contratação ficou emperrado durante dois meses na Assembléia Legislativa. Há apenas 15 dias a Contratação por Regime Especial foi aprovada e só daqui a alguns dias deve ser autorizada pelo governador.

A assessoria prevê que daqui há 15 ou 30 dias será realizado o processo seletivo para preencher as vagas. Até o momento dizia-se que os funcionários que já trabalham no HU não poderiam participar, mas o governo voltou atrás. Na próxima semana, haverá uma reunião em Curitiba envolvendo o Ministério Público, representantes do HU, UEM, governo e assembléia legislativa para discutir o assunto.

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