O Hospital Santa Casa de Londrina deu início a uma campanha curiosa. Quer reduzir o número de acidentes externos de seus funcionários, ou seja, que acontecem no trajeto entre a casa e o trabalho.
Só no primeiro semestre de 2008, o número desse tipo de acidente aumentou em 17%, enquanto os acidentes de trabalho dentro do hospital tiveram uma queda de 46%.
De janeiro a agosto, 16 funcionários foram afastados por acidentes de trajeto, o que representou 253 dias de licença do trabalho, e um custo de cerca de R$ 5 mil para o hospital.
A recepcionista Gabriela Matesco Carreteiro, de 19 anos, faz parte dessa estatística. Ela sofreu um acidente em junho e só deve retornar ao trabalho no próximo mês.
Gabriela teve fratura exposta no pé depois que um carro cruzou a preferencial e atingiu a moto que ela pilotava. “Eu fiquei dois meses sem poder andar, o que me prejudicou muito, pois além do trabalho, tive que interromper um curso”, falou.
A analista de Recursos Humanos e presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do hospital, Renata Gusmão comentou que além do afastamento do trabalho, os funcionários também perdem qualidade de vida. “E muitos funcionários quando retornam ainda ficam com algumas restrições na função”, comentou.
Segundo Renata, entre as principais causas de acidentes de trajeto aparecem a desatenção, a imprudência no trânsito, condições das ruas e calçadas e quedas em ônibus devido a freadas bruscas.
“A desatenção vem em primeiro lugar como ato inseguro, mas também existem as condições inseguras, que são buracos nas ruas, calçadas quebradas e até motoristas que avançam sinal”, comentou Renata.
Além da campanha de conscientização com os 1,5 mil funcionários do hospital, a presidente da Cipa afirmou que eles irão trabalhar para melhorar as condições de acesso dos trabalhadores. Para isso, irão levar o assunto até a companhia de trânsito local, assim como para a prefeitura.
