O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) comemorou ontem 41 anos de existência, com solenidade no hall da direção da instituição, em Curitiba. Funcionários, pacientes e convidados assistiram a apresentações musicais, com a participação de crianças que integram a creche do hospital.
À tarde, integrantes do Programa de Informação e Prevenção da Aids distribuíram panfletos informativos, com o objetivo de fazer com que as pessoas conheçam formas de se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis. No decorrer da semana, serão realizadas palestras, conferências e outros eventos, onde serão abordados diversos assuntos.
Balanço
O diretor-geral do HC, Giovanni Loddo, faz um balanço positivo dos últimos 41 anos, porém lembra que a instituição ainda passa por uma série de dificuldades. “Fazemos tudo para que nossos pacientes tenham o atendimento de que necessitam. Entretanto, ainda enfrentamos muitas dificuldades e estamos lutando para superá-las.”
Os dois principais problemas são a falta de funcionários e de recursos a serem aplicados dentro da instituição. Há poucos dias, foi promovido um concurso para contratação de 159 novos funcionários. “Porém este número ainda é insuficiente: precisamos de, no mínimo, mais quinhentos para suprir nosso déficit”, declara o diretor-geral.
Há 1.440 funcionários que são pagos com recursos arrecadados pelo próprio hospital. O HC gasta R$ 1,7 milhão com eles. “Se a União os assumisse, este dinheiro poderia ser repassado ao hospital”, salienta Loddo. (CV)
Reitor preside solenidade
O HC lança hoje, às 10h, seu Programa de Humanização. A solenidade será presidida pelo reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior.
Segundo a coordenadora das unidades de internação, Regina Célia Tanaka Nunes, o programa faz parte de um projeto nacional de humanização dos hospitais. Durante um ano, 96 hospitais brasileiros participaram de um programa de capacitação. Uma vez por mês, dois funcionários do HC iam a Porto Alegre (RS) para participar da iniciativa. Eles estão repassando as informações que trouxeram aos demais trabalhadores.
O objetivo principal é melhorar a qualidade no atendimento aos pacientes. “A intenção é que, dentro do HC, todos falem a mesma língua e lutem pelos mesmos ideais”, diz. “Queremos que a resolução de problemas seja mais ágil, que os funcionários trabalhem satisfeitos e que os pacientes e familiares recebam a atenção de que necessitam.” (CV)