Hospital da PM reabre as portas parcialmente hoje

O Hospital da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, volta a funcionar parcialmente hoje com o atendimento de consultas e exames em dezesseis especialidades, entre elas a clínica médica, oftalmologia e cardiologia. Os internamentos vão continuar sendo feitos no Hospital Evangélico até meados de outubro, quando o Hospital da PM deverá estar totalmente reativado. Nesse primeiro momento, o governo do Estado estará repassando cerca de R$ 200 mil ao Hospital da PM. A partir de outubro, o montante deve chegar a R$ 800 mil ou R$ 900 mil, segundo o secretário da Administração e da Previdência do Estado (Seap), Reinhold Stephanes.

“O hospital vai deixar de ser de pequenas cirurgias para realizar cirurgias de alta complexidade e custo, como cardíaca e neurocirurgia. O hospital tem equipamentos bons e médicos especializados”, comentou o secretário. Segundo ele, a idéia é que o hospital atinja 85% da capacidade de internamentos. “Mesmo nos bons tempos, o hospital nunca operou com mais de 54% da capacidade”, disse o secretário. O hospital da PM conta com cem leitos.

Até o mês de outubro, o hospital deverá passar por completa reestruturação interna. “Será uma reestruturação da parte administrativa, de organização”, explicou o secretário, acrescentando que as mudanças não implicam em compra de novos equipamentos. O hospital da PM conta com 170 funcionários e sua reativação irá beneficiar cerca de 40 mil policiais, dependentes e pensionistas da PM de Curitiba e Região Metropolitana.

Auditoria

Em fevereiro e março, a instituição passou por uma auditoria, que registrou diversos tipos de problemas decorrentes do abandono da instituição pelo governo anterior. Entre os problemas identificados, havia a falta de controle do pessoal, que o diretor César Abicalaffe, do Departamento de Assistência à Saúde da Secretaria da Administração, define como “essencial para o planejamento e definição dos padrões administrativos e operacionais.” Além disso, a auditoria constatou equívocos como a existência de clínicas obstétrica, com 14 leitos, e pediátrica, com 4 leitos. Os custos de enfermagem e de infra-estrutura para a manutenção desses leitos são elevados demais para a baixa demanda nessas especialidades.

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