Hospital Cajuru fecha para reformas

Pela primeira vez em 46 anos, o Hospital Universitário Cajuru (HUC) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, vai paralisar o atendimento externo. Amanhã só os pacientes que estão internados vão ser atendidos. A medida é necessária para que a instituição faça obras e reformas. O sistema elétrico antigo não suportava o uso de novos equipamentos e a ampliação do centro cirúrgico. Outros hospitais foram preparados para dar conta da demanda.

Hoje são enviados para o Cajuru 51% dos casos de emergência por trauma e acidentes da capital e Região Metropolitana. Segundo a diretora geral e administrativa, Maria Júlia Trevizan, há oito meses está sendo planejado o dia de paralisação. Para que a população não fique sem atendimento, foi feita uma reunião com os outros hospitais da cidade para que dêem cobertura.

Os pacientes vão ser encaminhados para a Santa Casa e para o Hospital São Vicente. O Hospital Pequeno Príncipe também providenciou reforço na equipe. A Prefeitura de Curitiba vai deixar de plantão duas ambulâncias para o caso de transporte de pacientes que, não informados sobre o fechamento do pronto-socorro, procurem a instituição. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai ficar atenta para transferir pacientes para a Região Metropolitana numa possível falta de leitos. Todos os fins de semana o Pronto-Socorro e o Pronto-Atendimento do Cajuru atendem entre 700 e 900 pessoas.

Maria Júlia comenta que a reforma é necessária para que o hospital consiga acompanhar o desenvolvimento tecnológico. ?A medicina tem evoluído muito e isso significa mais máquinas e equipamentos elétricos. No entanto o hospital não estava preparado para suportar esta carga?.

Com as melhorias na infra-estrutura, o centro cirúrgico vai poder ampliar sua capacidade de atendimento. Hoje são seis salas de cirurgia e até o fim do ano mais quatro vão entrar em operação. Atualmente são realizados por mês 1,1 mil procedimentos cirúrgicos e agora o número poderá chegar a 1,5 mil. ?Já estávamos trabalhando com a capacidade máxima?, revela Maria Júlia. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) também vão ser reformadas para receberem novos equipamentos.

Mas além da rede elétrica, a instituição também vai fazer melhorias na parte hidráulica e de gases medicinais. ?Além de trocar os sistemas vamos torná-los independentes. Hoje, por exemplo, se há um problema de vazamento em um banheiro, nós precisamos fechar o registro geral?, explica a diretora.

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