Joaquim José da Silva Xavier -mais conhecido como Tiradentes – é considerado um dos líderes da Inconfidência Mineira e o mártir da Independência do Brasil. Ele recebeu ontem uma grande homenagem das polícias Civil e Militar do Paraná. A solenidade aconteceu na Praça Tiradentes, no centro de Curitiba. Tiradentes (1746-1792) também é o patrono das duas corporações.
Participaram da solenidade o governador do Paraná, Orlando Pessuti; o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens; o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto; entre outras autoridades.
Pessuti revistou as tropas no início da solenidade. Coroas de flores foram depositadas perto da estátua de Tiradentes na praça que leva seu nome. Estudantes e cadetes da Academia do Guatupê desfilaram.
“Ao longo da história, existe o culto ao idealizador da nossa pátria. Em todos os quartéis, de todas as cidades do País, há homenagens a Tiradentes, que lutou pela independência do País frente à corte portuguesa”, comentou o coronel Carstens.
Por ser feriado, o centro da cidade estava bem menos movimentado do que de costume. Poucas pessoas assistiram à solenidade, em comparação com outro ato cívico-militar, o desfile da Independência do Brasil, em 7 de setembro.
A maior parte do público era composta por parentes dos policiais, que registravam tudo com câmeras fotográficas. “Meu filho está no último ano da formação. Mas venho em todos os desfiles, todo feriado”, comenta Carla Andrea, que acompanhou ontem a movimentação.
As autoridades ligadas à segurança pública fizeram um apelo para uma maior participação popular em um dia importante na história brasileira. “Devemos trabalhar melhor a divulgação com a população, que deveria prestigiar mais o evento”, afirmou o secretário Serpa.
“A sociedade tem visto a data apenas como feriado, mas deve participar mais”, ressaltou o coronel Carstens. “Essa data era muito mais comemorada. Hoje, infelizmente notamos que já não é mais a mesma coisa. Nós estamos fazendo a nossa parte”, disse Jorge Azôr Pinto. De acordo com ele, a mobilização entre os próprios policiais cresceu e a participação deles nos atos aumentou nos últimos anos.