O açougueiro César Silveira, de 28 anos, morreu na noite de segunda-feira no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do Sítio Cercado, enquanto esperava vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de algum hospital da rede municipal. De acordo com familiares, Silveira apresentava convulsões e deu entrada no CMUM por volta das 15h de sábado.

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Sua mãe, Tereza Silveira, que o acompanhou desde o início, confirmou que o açougueiro teve convulsão há dois meses e, depois de medicado no Hospital do Trabalhador, apresentou significativa melhora. “Tínhamos que ter investigado quando aconteceu a primeira vez”, lamentou. Tereza reclamou também da demora de quase dois dias para conseguir a vaga na UTI. Para ela, o tempo excessivo que seu filho aguardou para conseguir atendimento mais adequado foi a causa da morte.

Emergência

A mãe relatou que depois de passar pela triagem no CMUM, Silveira teve nova convulsão e o quadro se agravou. “Ele teve convulsão e caiu. Saiu até sangue pela boca. Levaram para a emergência do centro, mas o médico admitiu que o paciente precisava ser transferido para UTI. Mandaram aguardar, mas infelizmente não deu tempo”, contou.

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Segundo Matheos Chomatas, assessor especial de gestão da prefeitura, todas as medidas foram tomadas pelos profissionais responsáveis. Ele explicou que Silveira passou pela triagem e, após nova convulsão na sala de espera, foi levado imediatamente para o setor de emergência. Depois, foi conduzido pelo Samu ao Hospital do Trabalhador, onde fez tomografia na cabeça. O assessor disse que o resultado apontou comprometimento cerebral por provável consumo excessivo de álcool. Chomatas admitiu a falta de vagas nas UTIs de Curitiba e apontou a sobrecarga de pacientes vindos da região metropolitana e do interior como causas pontuais para este problema.