A morte de um homem de 57 anos gerou revolta entre os pacientes do Posto de Saúde 24 horas do Pinheirinho, em Curitiba, na noite desta quinta-feira (19).
Segundo testemunhas ouvidas pela RPCTV, a vítima ficou esperando atendimento por mais de cinco horas. “Ele estava debilitado e em uma cadeira de rodas. Cheguei a ouvir de uma das enfermeiras que meu pai estava fingindo. Ele não recebeu atendimento imediato e morreu”, desabafou a filha da vítima, Giselle Luiz.
Após o ocorrido, a população que estava no posto quebrou uma das portas da unidade de saúde. O funcionamento no local foi suspenso após a confusão e Guardas Municipais foram até o local para evitar maiores problemas.
Investigação
Em nota nesta manhã, a Secretaria de Saúde afirmou que uma sindicância será aberta para apurar a morte e terá o domando do médico João Carlos Gonçalves Baracho, com prazo de 30 dias para conclusão. Também participarão o médico Gerson Zafalon, do Conselho Federal de Medicina, e a enfermeira Eliana Amaral Mendes, coordenadora administrativa do Sistema de Urgência e Emergência de Curitiba.
Segundo a secretaria, o paciente teve atendimento médico às 9h43, na Unidade de Saúde Fanny-Lindoia, e foi encaminhado à UPA do Pinheirinho, onde chegou às 10h45, com quadro de diarreia e sinais de cansaço. Passou pela triagem e foi atendido às 13h27. Foi medicado, levado para a sala de observação e passou por exames. Às 15h15 foi reavaliado pela médica que o atendeu, que passou orientações à equipe e à família, conforme está registrado no prontuário.
Às 16h55, o quadro do paciente se agravou, com evolução aguda para parada cardiorrespiratória. Foram prontamente tomadas as medidas de reanimação. Por 45 minutos a equipe aplicou todas as manobras do protocolo de animação. O paciente morreu às 17h40.