Um homem, de 38 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (21), no bairro Jardim São Roque, em Foz do Iguaçu durante uma ação policial. Ele é suspeito de comercializar medicamentos abortivos para todo o Brasil. Mais de 580 comprimidos abortivos, avaliados em cerca de R$50 mil, foram apreendidos em uma de suas casas.

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De acordo com a polícia, o suspeito tinha duas residências, uma em Foz do Iguaçu, onde foi localizado, e outra em Guarapuava. No local onde ocorreu a prisão, os policiais encontraram diversos equipamentos possivelmente utilizados para realização de procedimento de aborto, além de uma gama de medicamentos que passarão por uma perícia para averiguar a finalidade.

Já na residência de Guarapuava, situada no bairro Batel, onde reside a esposa do suspeito, foram encontrados 585 comprimidos de várias marcas e próprios para aborto. No local também foram apreendidas máquinas de cartão, medicamentos a granel e diversos comprovantes de postagens de correio para todo o país.

Investigação

As investigações tiveram início no mês de fevereiro deste ano, quando a equipe policial tomou conhecimento de que uma mulher, do Estado de São Paulo, havia dado entrada em um hospital de Foz do Iguaçu com indícios de aborto provocado por medicamento ilegal.

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Conforme apurado pela polícia, a mulher não reagiu bem a ingestão do medicamento e procurou pelo vendedor direto – no caso, o homem, de 33 anos, preso nesta ação – para relatar o ocorrido, bem como que o remédio não tinha surtido o efeito do aborto.

“O homem a instruiu que se deslocasse do Estado de São Paulo até Foz do Iguaçu, para que ele mesmo realizasse um procedimento abortivo nela. Quando a mulher chegou na cidade, o homem a levou até um motel do município, onde lhe deu novos medicamentos, deixando-a dopada e a estuprou”, contou a delegada responsável pelo caso, Araci Carmem da Costa.

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No curso das diligências, a equipe descobriu que a vítima havia adquirido os medicamentos abortivos pelo valor de R$100, por meio de um site administrado pelo suspeito – os quais foram enviados por ele de uma Agência dos Correios da cidade de Guarapuava, como constam em imagens de câmera de segurança analisadas pela polícia.

De acordo com a delegada, as investigações continuam para identificar outras pessoas envolvidas com o crime e chegar até outros possíveis compradores do produto.