| Arquivo / O Estado |
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| Em toda a capital, 291 pontos de vacinação estarão atendendo. |
Acontece hoje, das 8h às 18h, a 2.ª fase da Campanha de Vacinação contra a poliomielite. A meta da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar 135.944 crianças menores de cinco anos em toda Curitiba. Para a tarefa foram disponibilizadas 250 mil doses da vacina. Já o objetivo do Ministério da Saúde é vacinar nesse sábado cerca de 17 milhões de crianças em todo o País. Para isso foram investidos R$ 21,6 milhões nessa segunda etapa.
Em Curitiba, haverá 291 pontos de vacinação, entre unidades de saúde, supermercados, terminais de ônibus, escolas, creches, shopping centers e uma tenda na Boca Maldita. A relação de endereços dos postos de vacinação podem ser obtidas pelo telefone 156. De acordo com a diretora de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Luhm, a vacinação acontece no mesmo dia como forma de se criar uma barreira contra o vírus. "Como todas as crianças ficam imunes, o vírus acaba sendo disperso na natureza", explica.
Durante a primeira fase da campanha, realizada em junho, a secretaria teve que prorrogar o prazo, pois a meta de vacinar 95% das crianças menores de cinco anos na cidade não foi atingida.
"Chegamos a 91% e tivemos que estender o prazo por mais uma semana". Para que o mesmo não ocorra, Luhm conta que aumentaram o número de postos. "Agora a vacina está muito mais acessível, mesmo para aqueles que não têm unidades de saúde próximo a suas casas."
A diretora explica que é muito importante levar as crianças para tomar essa vacina, pois a poliomielite é realmente grave. "Além de não ter cura, a doença pode levar à paralisia a até mesmo à morte", revela. De acordo com a médica, a não-incidência da doença nos últimos anos faz com que muitas pessoas não dêem a devida importância. "Não temos casos de poliomielite em Curitiba desde 1985. Mas hoje, com a globalização, estamos à mercê de viajantes de lugares onde a vacinação não é comum."
De acordo com o Ministério da Saúde, países da África, sudeste da Ásia e Mediterrâneo Oriental ainda não eliminaram o vírus transmissor da poliomielite, o que exige que nações que erradicaram a doença, como o Brasil, mantenham estratégias de vacinação. A cobertura vacinal adequada para manter o País livre da poliomielite é de 95% de crianças vacinadas em 80% dos municípios.
Carteirinha
Luhm destaca ainda a importância dos pais levarem a carteirinha de vacinação dos filhos aos postos. "Aproveitamos o dia para conferir se a vacinação das crianças está em dia, até mesmo para outras doenças", explica. Caso seja constatado que falta alguma dose, o pai ou responsável é orientado a levar a criança a alguma das unidades de saúde da secretaria. Vale lembrar ainda que ninguém é impedido de receber a dose de vacina mesmo se estiver sem a carteirinha.