Para tentar implementar uma cultura de paz em pontos onde a criminalidade ganha mais espaço a cada dia, vários projetos preventivos são realizados no Paraná.

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Porém, ainda que os números da violência tenham caído nos últimos meses, continuam alarmantes: de acordo com o site Crimes Curitiba, do início do ano até 22 de setembro 1.381 pessoas foram assassinadas na capital e região metropolitana.

A reflexão sobre estes dados é feita em todo o mundo hoje, que é o Dia Internacional da Não Violência. A data foi estabelecida em 2007 durante uma conferência em Nova Delhi, e lembra o aniversário de Mahatma Gandhi, líder espiritual e idealizador da filosofia de não violência.

Só na Grande Curitiba, mesmo com a distribuição de cartilhas específicas da Polícia Civil para o combate à violência, ações educativas da Polícia Militar e investimentos contra a criminalidade até do governo federal, os números de furtos e roubos caíram apenas 6% do primeiro trimestre de 2009 para o mesmo período deste ano, de acordo com dados da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

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O número de assassinatos também caiu. O mês que mais registrou homicídios segundo o Site Crimes Curitiba foi fevereiro, quando 220 pessoas foram assassinadas – dentre elas onze menores de 15 anos e 95 pessoas entre 16 e 25 anos. Em agosto, foram 137 homicídios.

Projeto

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Na tentativa de criar um hábito de diálogo para substituir reações violentas desde a infância, uma Organização Não Governamental da Suíça trouxe ao Brasil, há 12 anos, o Projeto Não Violência. Até o momento, 35 escolas públicas já foram atendidas.

“A nossa missão é desenvolver culturas de paz por intermédio das escolas. Para isso realizamos um trabalho de três anos em cada escola inscrita, capacitando professores para lidar com situações de conflito e para multiplicar valores como humildade, justiça e solidariedade”, explica Adriana Araújo, psicóloga do projeto.

Depois da aplicação de pelo menos dez programas, as escolas sentem claramente a diferença na consciência de pais, professores e alunos. Foi o caso da Escola Municipal de Paranaguá.

“Percebemos que as crianças ficaram mais companheiras e conversavam bastante. Os professores conseguiam dialogar mais e reagir menos e até os pais aprenderam a lidar melhor com os filhos”, garante a diretora Roseli Drunkler Vintem.