A manhã de sexta-feira foi diferente para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar). Ao invés de fazer apelos por doações de sangue, o centro dedicou o período para homenagear todos os doadores voluntários que colaboram regularmente com os bancos de sangue do Estado.

continua após a publicidade

Na comemoração do Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, o Hemepar ofereceu um café da manhã e apresentações musicais e teatrais para agradecer aos “salvadores de vidas”.

O ponto alto foi a leitura da carta da paciente Eliane Aparecida dos Santos, portadora de Talassemia Major, a jovem de 28 anos faz transfusões de sangue mensalmente desde os seis meses de idade.

“Nesse dia, quero lembrar a importância do doador na minha vida, que me permite sonhar, traçar metas, buscar meus objetivos, viver”, disse, comentando que conhece pessoalmente alguns de seus doadores. “Tem doador que pede para ser chamado quando eu venho fazer a transfusão, mas tem muita gente que não conheço, mas rezo todo dia para que tenham saúde e possam continuar salvando vidas como a minha”, disse.

continua após a publicidade

O diretor do Hemepar, Paulo Roberto Hatschbach, destacou a participação dos doadores, “que não se lembram de doar sangue somente quando tem alguma pessoa próxima precisando, mas que fazem disso um de seus compromissos de vida”.

Hatschbach lembrou, no entanto, que o volume de doações no Paraná ainda está abaixo do recomendado. “Hoje temos 1,9% da população paranaense doando sangue voluntariamente e regularmente. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de 3%”, disse.

continua após a publicidade

Ele também demonstrou preocupação com a chegada das festas de final de ano e das férias, que diminui consideravelmente as doações e aumenta a demanda, pro conta dos acidentes nas estradas.

“E não adianta fazer estoque, porque as bolsas têm validade de 30 a 40 dias. Precisamos de uma doação média de 150 pessoas por dia. E hoje estamos com 80”, alertou.

Hatschbach destacou algumas novidades importantes, como a liberação para doação de maiores de 16 anos, desde que acompanhados pelos pais, “o que já cria uma cultura nesse jovem”, e a nova tecnologia de biologia molecular, que vai diminuir a janela imunológica, período em que uma pessoa que se expôs a situação de risco, como uma relação sexual com parceiro estranho ou a colocação de um piercing ou tatuagem têm de ficar sem doar sangue porque uma eventual contaminação ainda não aparece nos exames. Essa carência, hoje, é de um ano.

“Doar sangue não dói, não leva muito tempo e ainda é recomendado porque faz seu organismo trabalhar mais para produzir o líquido doado”, destacou o diretor do Hemepar, lembrando que qualquer pessoa com mais de 50 quilos, sem doenças com aids, hepatite ou diabetes e sem comportamentos de risco (uso de drogas, vários parceiros sexuais, ingestão de álcool nas últimas 12 horas) pode ser um doador.

As doações podem ser feitas de 2ª a 6ª feira das 7h30 às 18h30 e nos sábados das 8h às 18 horas. Mais informações: (41) 3281 4000 / 3262 7676 / 0800 645 4555.

Clique aqui na galeria de fotos  para ver como foi.