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Atividades são voltadas para crianças internadas no setor de pediatria e aos filhos de funcionários do hospital. |
A tristeza deu lugar ao sonho, à esperança e à alegria, ontem, no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Como acontece todos os anos, a instituição promoveu mais uma edição de seu Natal para as crianças carentes, voltado a meninas e meninos internados no setor de pediatria e aos filhos de funcionários que utilizam os serviços de creche.
?A festa de Natal é um momento de união e de se repensar a vida. Através dela, queremos que nossos pacientes não se sintam abandonados e saibam que, apesar de estarem hospitalizados, não foram esquecidos. A humanização dentro de um hospital é tão importante quanto os tratamentos medicamentosos?, disse o diretor-geral do HC, Giovanni Loddo.
Realizada no saguão de entrada da instituição, a comemoração contou com culto ecumênico, com a participação do coral da igreja luterana da Paróquia da Vila Hauer e com a presença do Papai Noel, que distribuiu presentes por todo o setor de pediatria, alegrando as crianças. Os presentes foram doados pelo Movimento Paranaense de Arte e Cultura. ?É comprovado que a alegria ajuda na recuperação das pessoas. Muitas vezes, as crianças ficam vários dias internadas e a festa de Natal consegue animá-las e fazê-las sorrir, proporcionando-lhes um pouco de afeto?, afirmou a presidente da Comissão de Cultura e Recreação do HC, Maria Inês Borges da Silveira. Diariamente, no hospital, entre 100 e 150 crianças permanecem internadas na pediatria. Na creche da instituição, no período da manhã, ficam 95 filhos de funcionários.
Pacientes
A dona de casa Cleusa Maria Ferreira Pinto fez questão de levar a filha Bianca, de 11 anos, para assistir à festa de Natal. A menina está internada desde a última terça-feira (5) e, nos últimos dias, tem se mostrado muito estressada com o ambiente hospitalar. Ontem, com as músicas cantadas pelo coral, estava animada. ?Minha filha anda muito nervosa e ansiosa, querendo ir logo para casa. Para ela, essa festa é uma demonstração de carinho?, comentou Cleusa.
Embora a festa fosse destinada principalmente às crianças, pacientes adultos que podiam se deslocar de suas camas também procuraram participar. A professora aposentada Maria Regina de Castro, que está no hospital desde o último dia 27, foi uma das primeiras a chegar ao saguão. ?Às vezes não tenho muito o que fazer no quarto, a não ser conversar com outros pacientes. Então, vim à festa para espairecer um pouco e também para pedir por saúde e por paz no Brasil?, declarou.