Segundo o IBGE, 22,9% dos brasileiros são portadores de deficiência motora. No Paraná, percebeu-se que alguns pais de crianças deficientes apresentavam dificuldades para aceitar as limitações de seus filhos levando, muitas vezes, ao abandono do tratamento. Para reverter esse quadro, começa a funcionar amanhã Associação de Pais e Amigos da Criança Portadora de Deficiência Motora (APACDM), iniciativa de profissionais do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná e pais interessados em incentivar a participação da família na reabilitação do paciente. Formada por treze pais e dois especialistas do Centro de Neuropediatria – o ortopedista pediatra Edilson Forlin e a neuropediatra Lucia Helena Coutinho -, a associação tem suporte técnico da equipe multidisciplinar do HC.
Há dois anos, o ambulatório de Espasticidade em Pediatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná atende crianças com disfunções de ordem neurológica, como Paralisia Cerebral e traumatismo craniano. Essas patologias causam contrações involuntárias nos músculos (espasticidade) criando dificuldades para a realização dos movimentos, tornando difícil fazer simples atividades da vida diária, como sentar, escovar os dentes, vestir-se etc.
Cerca de 150 crianças apenas no Hospital das Clínicas são tratadas gratuitamente com Botox ? toxina botulínica tipo A ? produto amplamente conhecido por atenuar rugas e linhas de expressão. A aplicação da toxina é feita diretamente no músculo do membro comprometido, impedindo a liberação da acetilcolina (neuro- transmissor químico responsável pela contração muscular). A toxina botulínica tipo A tem o papel de impedir a condução do estímulo nervoso por meio das fibras musculares e, em conseqüência, há a falta de contração muscular.
Para mais informações sobre a da Associação de Pais e Amigos da Criança Portadora de Deficiência Motora (APACDM), ligue para: (41) 263-8003.