O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) recebeu denúncias de que imigrantes haitianos seriam vítimas de agressões físicas e psicológicas em seus locais de trabalho. Pelo menos 13 pessoas teriam sido espancadas. Grande parte das situações teria acontecido em canteiros de obra.
Para checar o caso, o MPT-PR realizou um audiência nesta segunda-feira (20) com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracon), Federação dos Trabalhadores nas Industrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná (Fetraconspar), o Centro de Referência em Direitos Humanos Dom Helder Câmara (Caritas), a Comissão de Refugiados e Imigrantes da Casa Latino Americana (Casla), e integrantes da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PR e do Ministério do Trabalho e Emprego. Dois imigrantes também foram convidados a oferecer seus depoimentos.
Exploração
De acordo com o MPT-PR, os imigrantes também seriam alvo de exploração. Nesse sentido, o órgão realiza uma investigação há quatro meses. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, as principais reclamações apresentados dizem respeito ao não pagamento de verbas rescisórias.
Durante visitas a canteiros de obras, procuradores encontraram vários trabalhadores sem carteira assinada, além de irregularidades no meio ambiente de trabalho que colocavam em risco a saúde e segurança de todos os trabalhadores do canteiro de obras. Audiências foram realizadas para regularizar a situação de ambos, uma delas já tendo obtido sucesso.