Protesto

Guardas municipais de Curitiba iniciam greve

Uma comissão de guardas municipais de Curitiba foi recebida ontem à tarde pelo prefeito Beto Richa, na Câmara Municipal de Curitiba. Os guardas iniciaram uma greve ontem, mesmo com proibição da Justiça.

O prefeito estava na Câmara para participar da abertura dos trabalhos da casa. Os guardas municipais disseram que Richa anunciou que deve apresentar uma nova proposta à categoria hoje, já que a primeira, feita no dia 12 de fevereiro, foi rejeitada pelos guardas. Mas através a assessoria de imprensa da Prefeitura não confirmou tal informação.

Segunda ela, o prefeito garantiu que a prefeitura tem mantido o cronograma de negociação com a categoria e que foi feita uma proposta de aumento salarial e de melhorias no plano de carreira dos guardas e que o diálogo será mantido.

Uma antecipação de tutela concedida pela 3.ª Vara da Fazenda Pública, em favor da prefeitura, na última sexta-feira, proibiu a greve dos guardas municipais. Mesmo com previsão de multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento, a categoria iniciou a paralisação e fez várias manifestações.

Ontem de manhã, os guardas realizaram uma passeata da Praça Tiradentes até a Câmara Municipal de Vereadores. Antes disso, o grupo passou pelo Hotel Bourbon, no centro da cidade, onde Richa definiu sua pré-candidatura ao governo do Estado.

Hoje, eles devem se concentrar novamente na praça e em seguida caminhar até a sede da prefeitura, no Centro Cívico, para aguardar a proposta do prefeito. No total, Curitiba tem cerca de 1,7 mil guardas municipais em atividade.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), 30% do efetivo será mantido trabalhando durante a greve. A principal reivindicação da categoria é um salário base de R$ 1,3 mil. Atualmente, o valor é de R$ 710.

“Temos um dos piores salários base entre os guardas municipais do Brasil e, na região metropolitana de Curitiba, diversos municípios pagam mais de R$ 1.000,00. Trabalhamos com risco iminente e precisamos de uma melhor remuneração”, afirma o diretor do Sismuc, Diogo Monteiro.

A proposta apresentada pela prefeitura, rejeitada pelos guardas, era de um aumento salarial de 6% agora e o restante até abril de 2011, chegando ao valor de R$ 1,3 mil.

Porém, o Sismuc alega que, para alcançar o montante, a administração municipal está contabilizando uma gratificação de risco de vida já paga à categoria. “Recebemos uma gratificação de 50% e a mesma está sendo considerada quando a prefeitura diz que nossa remuneração irá chegar a R$ 1,3 mil. Porém, o que queremos é que este valor seja concedido como aumento do salário base”, diz Monteiro.

Os guardas começaram a sinalizar que poderiam entrar em greve há cerca de 20 dias, quando iniciaram uma vigília em frente à sede da prefeitura. Posteriormente, eles se transferiram para a entrada da Vara da Família, prédio localizado em frente à prefeitura.

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