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A Secretaria de Defesa Social de Curitiba detém a Guarda Municipal – atualmente composta por 1,3 mil pessoas -, atua na defesa social do município em casos de pequenas e grandes tragédias (como por exemplo enchentes e acidentes com veículos que transportam produtos perigosos) e na elaboração de campanhas de prevenção de acidentes. "Daqui para frente, atendendo a um plano de governo do prefeito Beto Richa, a secretaria deve trabalhar em integração cada vez maior com as polícias civil e militar", afirma o coronel da reserva da PM, Itamar dos Santos, que acaba de assumir como secretário de Defesa Social de Curitiba, no lugar de Sanderson Diotalevi.

A segurança pública é de competência do Estado. Porém, a Guarda Municipal tem uma atuação importante não apenas na defesa do patrimônio físico da cidade, mas das pessoas que dele desfrutam. Por isso, pode colaborar bastante com o trabalho das polícias.

"A integração acontecerá através da troca de informações. Esta será organizada e os guardas receberão orientações para atuar em parceria com as polícias, sem que sejam criados conflitos entre os integrantes das diferentes organizações", explica. "Além disso, vamos tentar manter a integração do trabalho. No Parque Barigüi, por exemplo, existe a presença tanto da Guarda quanto da PM. Talvez, se aumentarmos a presença da Guarda no lugar, os policiais militares possam ter maior disponibilidade para permanecer em outros locais da cidade."

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Outra meta é aumentar a atuação da Guarda no centro da capital. Atualmente, 160 guardas trabalham na Regional da Matriz. Nos próximos meses, deve haver um incremento de no mínimo 40%. Todos os guardas que estiverem em atividade na região central deverão receber formação específica, visando principalmente o atendimento de turistas. Eles serão mais capacitados a prestar informações turísticas sobre Curitiba e receberão noções básicas de outros idiomas, podendo se comunicar com mais facilidade com estrangeiros que visitam a cidade.

Já nos seis primeiros meses de sua gestão, Itamar deve trabalhar pelo estabelecimento do horário de fechamento recuado de alguns bares presentes na cidade. De acordo com ele, em muitas regiões a criminalidade está bastante ligada à presença de bares. Em 2004, dos 217 homicídios registrados, 134 ocorreram dentro ou perto de bares. "É uma medida que vem se mostrando eficaz em Diadema (SP) e em alguns municípios da Região Metropolitana de Curitiba, como Piraquara e Fazenda Rio Grande", diz. "Ao contrário do que muitas pessoas alegam, não vai gerar desemprego, pois não vai promover o não-funcionamento dos bares e sim o fechamento mais cedo."

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Nas praças, parques, proximidades de viadutos e outros locais públicos, o novo secretário pretende recomeçar ações contra pichações e deteriorações do patrimônio através da utilização de guardas à paisana. As ações foram iniciadas em 2002 e interrompidas no final do ano passado, pois não havia regulamentação para ação de guardas não fardados. "Ainda no final do ano passado, o prefeito Cassio Taniguchi assinou um decreto regulamentando o uso da farda. O documento prevê que os guardas podem atuar à paisana em missões especiais, permitindo que as ações contra pichações e deteriorações possam voltar a ser realizadas."

Para que as metas sejam colocadas em prática, até o final do ano devem estar em atividade 240 novos guardas. Metade deles serão os guardas que atualmente pertencem ao quadro especial e estão em atividade como vigilantes da Prefeitura. Os outros são os aprovados em um concurso realizado em 2004. Para 2005, a Secretaria de Defesa Social conta com um orçamento de R$ 33,5 milhões. Outros cerca de R$ 600 mil, provenientes da Secretaria Nacional de Segurança Pública, serão utilizados para a formação de novos guardas.