Grupo estudará o uso do Guarani

A discussão sobre a utilização racional da água do Aqüífero Guarani agora é oficial no Paraná. No último dia 2, foi publicado no Diário Oficial decreto do governador Roberto Requião (PMDB) que cria um grupo de trabalho para definir maneiras de aproveitamento sustentável do aqüífero. Até a próxima semana, as secretarias de Planejamento (responsável pela coordenação geral do grupo), Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim), do Turismo (Setu), além da Minerais do Paraná S.A. (Mineropar), da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) deverão indicar seus representantes para participar do grupo.

A coordenadora de Recursos Hídricos e Atmosféricos da Sema, Tânia Lúcia Graf de Miranda, explicou que o decreto do governador serviu para formalizar o estudo sobre o aqüífero, já que desde a última administração uma série de órgãos já vêm se reunindo para definir o uso correto dele. Ela lembrou que existe um projeto financiado pelo Banco Mundial envolvendo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – países onde há a incidência das águas do Guarani -, para estudar seu aproveitamento. “Nesse projeto há uma direção geral que fica em Montevidéu. Cada país repassa as informações colhidas em seu território. Aqui no Brasil, quem faz isso é a Agência Nacional das Águas (ANA). A ANA consegue essas informações através desses grupos que existem em oito estados brasileiros”, explicou.

O Aqüífero Guarani tem 1,2 milhão de quilômetros quadrados. No Brasil são 840 mil quilômetros quadrados, que estão divididos entre os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Paraná, ele atinge 131,3 mil quilômetros quadrados. “Aqui o maior aproveitamento de sua água é para o abastecimento, temos cerca de sessenta poços perfurados. Mas, por exemplo, em Foz do Iguaçu, as águas são usadas em termas e atraem turistas. As termas são muito comuns no Uruguai”, contou, destacando que o grande objetivo do projeto é conhecer melhor o aqüífero para poder aproveitá-lo melhor. “Esse é o projeto global. Mas com um grupo de estudo do Paraná, poderemos ter um aproveitamento delineado dentro do Estado. Hoje temos apenas um aproveitamento pontual”, esclareceu.

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