Gripe suína alcança nível de contágio interno no Paraná

O Paraná já tem dez pessoas com a gripe A (H1N1), também chamada de gripe suína. Ontem, a Secretaria de Saúde de Curitiba confirmou dois novos casos na cidade, que são os primeiros autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município.

Tratam-se de duas mulheres que tiveram contato com a paciente diagnosticada com a doença na sexta-feira passada, que havia retornado de Buenos Aires, na Argentina. Somente em Curitiba, já são quatro pessoas com a doença.

Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Curitiba, Moacir Gerolomo, as mulheres serão mantidas em casa para evitar novos contágios. As pacientes já estavam em isolamento domiciliar e sob medicação desde o sábado passado, quando começaram a manifestar sintomas, como febre e tosse.

Além dos dois primeiros casos autóctones de Curitiba, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou mais três ontem. Um deles se refere a um paciente que teria contraído a doença na capital e teve o caso diagnosticado no Japão, onde ainda permanece. Outro é de uma mulher contaminada na Argentina. Trata-se de uma jovem que retornou ao País no dia 15 de junho.

Por fim, o caso de uma mulher adulta da região de Foz do Iguaçu e que também veio da Argentina. Além dos 10 casos já confirmados, o Paraná ainda tem 26 casos suspeitos, 8 em monitoramento e 96 descartados.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, ontem surgiram mais 65 casos de gripe suína. Com isso, o total de pacientes com o diagnóstico no País chega a 399. Os estados que apresentam os maiores números de pacientes com a gripe são o de São Paulo (186), Minas Gerais (52), Rio de Janeiro (46), Santa Catarina (40) e Rio Grande do Sul (16). Outros 310 casos suspeitos estão sendo acompanhados pelo Ministério da Saúde.

Aulas

Também ontem, a secretaria estadual da Saúde decidiu, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, suspender as aulas até segunda-feira em uma escola do município de Coronel Domingos Soares, na região oeste do Paraná. Dois contatos de um caso confirmado da doença tinham relacionamento próximo com alunos e funcionários do colégio.

A paralisação preventiva das aulas, adotada pelo Paraná, segue o que já ocorre em São Paulo –  onde oito instituições já anteciparam as férias por causa da influenza A (H1N1) -, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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