Com mais 11 mortes por gripe neste mês, confirmadas no boletim de ontem da Secretaria da Saúde (Sesa), o Paraná já soma 19 óbitos pela doença neste ano. Destes, 17 foram causados pelo vírus Influenza A (H1N1), dois pelo vírus Influenza A (H3N2) e um por Influenza B. Em uma das mortes o paciente estava infectado por dois subtipos virais (H1N1 e H3N2).

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Dentre as vítimas fatais, 14 pacientes tinham alguma doença, como problemas cardíacos, respiratórios ou cerebrais, diabetes mellitus e obesidade grave. Do total de mortes registradas no Paraná, 15 pessoas tinham direito à vacina durante a campanha de vacinação contra a gripe, mas apenas três foram imunizadas. As mortes contabilizadas no último informe ocorreram em Cascavel (3), Dois Vizinhos (2), Maringá, Itaperuçu, Ponta Grossa, Londrina, Umuarama e Itambé.

Segundo a médica Miriam Woiski, da Secretaria da Saúde, doentes crônicos, seus familiares e profissionais de saúde devem redobrar a atenção. “A gripe tem alguns sintomas característicos que se manifestam na maioria dos casos. Os principais são febre alta e repentina, tosse, dor de garganta e mal-estar geral”, explica. A dificuldade de respirar é outro sintoma comum, sobretudo quando o quadro clínico do paciente se agrava. “Nesta situação, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente ao serviço de saúde para iniciar o tratamento”, alerta.

Tratamento

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A maioria das vítimas fatais buscou atendimento tardiamente, em média três dias após o início dos sintomas. “Isso prejudica o tratamento, pois percebemos que a maioria dos óbitos está ocorrendo já na primeira semana após o início dos sintomas”, explica Miriam. Os médicos da rede pública e particular de saúde do Paraná estão orientados a prescrever oseltamivir a todos os casos suspeitos de gripe, já que o antiviral é mais eficaz nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

A Sesa confirmou 514 casos de vírus Influenza neste ano. Os números não representam o total de casos no Estado, porque a doença não é de notificação obrigatória.

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