A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) descartou ontem a necessidade de suspender as aulas em escolas em decorrência do aumento de casos de gripe A (H1N1) no Paraná. São 180 casos confirmados da doença e 13 mortes. O anúncio foi feito em webconferência da Sesa para núcleos regionais de educação, para orientar quanto às medidas de prevenção da gripe.
“A situação atual é diferente da enfrentada durante a pandemia de 2009. Neste momento, o calendário escolar deve ser mantido e todas as escolas devem adotar rotinas sanitárias para diminuir os riscos de circulação do vírus Influenza”, analisa o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Entre as medidas recomendadas estão o uso de copos descartáveis em bebedouros e a disponibilização de álcool gel em corredores e refeitórios, além da higienização das mãos, manutenção dos ambientes arejados e limpeza frequente dos locais de uso público. Os professores devem ficar atentos e comunicar ao município qualquer caso suspeito de gripe em alunos ou funcionários.
Segundo o professor de infectologia da Universidade Federal do Paraná Clóvis Arns Cunha, a febre é a principal diferença entre os sintomas da gripe e os do resfriado comum. “A pessoa com gripe apresenta temperatura corporal superior a 38ºC, além de tosse, coriza e mal-estar. Por isso, é importante que as escolas tenham sempre um termômetro para medir a temperatura da pessoa com suspeita de gripe”.
O vírus da gripe é sazonal e circula com mais frequência durante o inverno, enquanto o vírus do resfriado atinge as pessoas durante todo o ano. “Em média, uma pessoa adulta pega resfriado de duas a quatro vezes anualmente. Em crianças, chega a seis vezes por ano”, explicou Cunha.