Grevistas promovem quebra-quebra

O clima está tenso em Maringá. O 24.º dia da greve dos servidores municipais foi marcado por mais ?quebra-quebra? e algazarra. Em resposta à reunião realizada na última terça-feira, ontem os grevistas invadiram o Paço Municipal e prometiam passar a noite no local. Segundo a Prefeitura, vidros foram quebrados e também houve muitas agressões e ameaças. A Polícia Civil já começou a investigar pelo menos cinco crimes, entre eles o de formação de quadrilha ou bando.

Ao meio-dia de ontem, os funcionários que trabalhavam no prédio foram liberados e as atividades encerradas. O Paço permaneceu fechado para o público durante a tarde de ontem. Segundo o presidente da comissão de negociação da Prefeitura, Ulisses Maia, por volta das 11h, os grevistas invadiram o prédio, localizado na Avenida XV de Novembro, região central da cidade, e seguiram em direção ao gabinete do prefeito Silvio Barros (PP). Na ocasião, na sala, o prefeito atendia os promotores de Justiça que acompanham as negociações, Maurício Kalache e Elza Sangale, presenciaram a invasão.

De acordo com Maia, os manifestantes queriam ser recebidos por Barros. ?Não entendo porque eles pedem para o prefeito atender, se já houve uma reunião de quatro horas. Não sei informar o que será feito agora. O que sei é que debaixo de agressões e ameaças o prefeito não irá negociar?, afirma Maia, que diz que o Tribunal Superior Eleitoral ainda não havia retornado a consulta sobre a legalidade do reajuste.

Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), Ana Pagamunici, ontem houve assembléia dos servidores, que mais uma vez recusaram a proposta de 0,39% apresentada na reunião pela Prefeitura. Logo em seguida, eles entraram no Paço e alegam ter sido agredidos pelos seguranças. ?Ainda estamos no Paço e não vamos sair enquanto o prefeito não atender às nossas reivindicações e não dialogar conosco?, disse ela, que prometia passar a noite no local, se necessário.

Investigação

Também no Paço Municipal, enquanto a Polícia Militar assegurava a ordem, o delegado chefe da 9.ª Subdivisão da Polícia Civil de Maringá, Antônio Brandão Neto, começou a investigar a invasão, ouvindo as testemunhas e identificando os responsáveis pelos excessos cometidos durante o ato. ?Estamos investigando os crimes de dano qualificado ao Patrimônio Público, previsto no artigo 163 do Código Penal; de atentado contra a liberdade de trabalho, artigo 197; de paralisação de trabalho de interesse coletivo, artigo 201; perigo à vida ou saúde de outrem, artigo 132; e artigo 288, configuração de quadrilha ou bando?, explica Brandão.

Segundo ele, no final da tarde, no prédio havia cerca de 300 pessoas, e a Prefeitura já havia pedido reintegração de posse.

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