A prefeitura de São José dos Pinhais conseguiu na Justiça uma liminar determinando que os servidores públicos em greve estarão proibidos de bloquear ruas ou o acesso a órgãos públicos, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia. A liminar foi concedida pela juíza Camila Henning Salmoria, da 1.ª Vara Cível da cidade.
Mesmo assim, cerca de 500 manifestantes se reuniram na Câmara de Vereadores de São José durante a manhã de ontem e mais de 90 escolas permanecem fechadas.
Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade (Sinsep) informaram as reivindicações da classe aos vereadores, que se reuniram com o prefeito Ivan Rodrigues (PTB).
Eles pedem o fim das terceirizações, a abertura de um concurso público para contratação de mais funcionários e a revisão do plano de carreira, com retorno da licença prêmio e o reconhecimento da formação dos servidores públicos.
Segundo a assessoria do Sinsep, o prefeito declarou aos vereadores que receberia os manifestantes se todos retornassem aos postos de trabalho. Mesmo assim, durante uma assembleia no início da tarde, eles decidiram manter a greve sem bloquear as ruas.
O advogado do sindicato informou que entraria com um agravo na Justiça para suspender a liminar que os sujeita à multa. Hoje, os manifestantes contam com a presença dos pais de alunos às 8h, na Praça 8 de Janeiro, e seguem para as calçadas em frente à prefeitura às 13h, onde permanecerão aguardando um contato com o prefeito.
O edital de abertura do pregão que seria divulgado hoje para contratar uma empresa para informatizar a administração do ensino em São José dos Pinhais foi suspenso. Os manifestantes consideravam a licitação ilegal já que não foi discutida com o Conselho Municipal de Educação.