Cerca de cem servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de todo o País fecharam ontem os portões do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Com correntes e cadeados, por duas horas, a partir das 14h, os grevistas impediram a entrada de visitantes no local.
Em estado de greve há mais de um mês, mantendo apenas as atividades essenciais em todo o Brasil, a categoria protesta contra a Medida Provisória 366/07, já aprovada pela Câmara Federal, que divide o órgão e cria o Instituto Chico Mendes. No Paraná, o Ibama tem 150 servidores, que atuam em 11 cidades, inclusive na administração do Parque Nacional do Iguaçu, um dos mais visitados do País. ?Queremos sensibilizar e mostrar para a população os danos que esta medida, sendo aprovada no Senado, pode trazer?, afirma Jônas Corrêa, presidente da Associação Nacional dos Servidores do órgão.
Segundo ele, a MP 366/07 quebra a unidade de gestão do órgão, tornando-o ineficiente. ?A medida trará o caos na gestão ambiental do País e isso também atinge a população e os visitantes do parque. Por isso, com esta ação, queremos sensibilizar o Senado Federal?, diz Corrêa.
Os representantes nacionais do Ibama, principalmente chefes de unidades de conservação, estão em Foz do Iguaçu participando do V Congresso Nacional de Unidades de Conservação, que termina amanhã, no Hotel Rafain. Até o último dia do evento, os grevistas prometem outras manifestações, como a do fechamento do parque. A categoria ainda reclama da falta de esclarecimento do Ministério do Meio Ambiente, quanto à MP. ?Os chefes das unidades de conservação do Ibama esperavam que este congresso fosse o espaço para discutir abertamente o novo instituto, já que isso ainda não aconteceu em nenhum outro momento?, afirmou Corrêa.
