Grevistas dos Correios descumprem decisão do TST

A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) entra hoje em seu oitavo dia. Ainda não há perspectivas de acordo e o número de correspondências paradas no Estado alcançou os 2 milhões. No País, o número já chega a 50 milhões.

Segundo os Correios, algumas unidades de distribuição em Curitiba e no interior estão com menos de 50% dos carteiros trabalhando. Mesmo assim, a média de adesão à greve no Paraná ainda estaria em cerca de 40% na área operacional, segundo a ECT.

As unidades com baixo efetivo estariam descumprindo uma decisão da semana passada do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que obrigou os grevistas a manterem 50% do pessoal trabalhando em cada unidade. Os Correios ainda vão decidir se serão ou não tomadas providências a respeito.

Hoje à tarde, os funcionários de Curitiba que estão em greve devem fazer uma nova passeata, saindo da Praça Santos Andrade e seguindo até a Boca Maldita. Eles programaram um enterro simbólico do presidente nacional dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e do diretor regional da empresa no Paraná, Itamar Ribeiro.

Ontem, os Correios divulgaram uma carta de esclarecimento à população, na qual dizem que a empresa esgotou ?todos os recursos possíveis para um entendimento? e conta, agora, com ?o bom senso de seus empregados para que retornem ao trabalho?.  A ECT diz ainda que ?empenhou todos os esforços? para atender as reivindicações dos empregados.

O diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Sebastião Cruz, refuta o conteúdo do comunicado. ?Eles não empenharam esforço nenhum para cumprir o acordo que assinaram?, diz.

Cruz refere-se ao termo de compromisso assinado pelo presidente dos Correios durante a última paralisação, em abril. O acordo tratava do pagamento do adicional de risco de 30% para os carteiros e da revisão do programa de participação nos lucros.

A categoria reclama também da proposta de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da empresa. Enquanto isso, os Correios dizem que trata-se de um plano moderno.

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