Grevistas do HC vão recorrer de liminar

Servidores do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba se mantêm firmes na decisão de continuar participando da greve dos funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), deflagrada no último dia 28. Por decisão judicial, eles deveriam ter retornado totalmente ao trabalho às 21h da última segunda-feira. Porém, isto não aconteceu e setores do hospital continuaram operando com efetivo reduzido na manhã de ontem.

Às 10h, os grevistas e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest) se reuniram em assembléia e reafirmaram que vão entrar com recurso contra a liminar da Justiça Federal, concedida há uma semana a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que os obriga a voltar ao trabalho.

Para tentar derrubar a decisão, o departamento jurídico do sindicato informou que tem em mãos um documento que comprova que, nos setores de urgência e emergência do HC, apenas 10% dos funcionários aderiram à paralisação e não 50% como vinha sendo informado pela diretoria da instituição. ?No nosso entendimento, já estamos cumprindo a decisão judicial. Estamos prestando atendimento integral aos pacientes já internados. Eles não estão sendo abandonados?, disse Belotto.

A decisão judicial dizia que, caso os servidores não retornassem às suas funções, deveriam ser descontados em folha de pagamento pelas faltas.

Reitor

Também na manhã de ontem, o reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, declarou que vai efetuar os descontos. ?É uma decisão judicial e não posso deixar de cumprí-la. O Sinditest está ciente disso?, informou.

Moreira tem esperanças que um comunicado do Ministério da Educação (MEC), feito na tarde de segunda-feira, algumas horas depois que o sindicato recebeu a liminar, possa colocar fim à paralisação. ?O MEC sinalizou com a retirada do projeto que transforma os hospitais universitários em fundações estatais, mantendo os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a estabilidade de emprego dos servidores que atuam no HC?, informou.

A notícia animou os grevistas, que criticam a transformação dos hospitais em fundações, mas não foi suficiente para que eles decidissem acabar com a greve. ?É uma primeira vitória do nosso movimento?, afirmou Belotto. Na próxima sexta-feira, deve haver uma reunião do Conselho Universitário da UFPR, que vai colocar a greve em discussão e pautá-la para os próximos dias.

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