Será realizada na segunda-feira, em Brasília, a quarta rodada de negociações entre a Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e os ministérios do Planejamento e da Educação. A esperança da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest) é que haja acordo entre o governo federal e o comando grevista para que a paralisação dos servidores técnico-administrativos da instituição chegue ao fim.
?Caso haja um acordo, a greve pode terminar ainda na segunda-feira, quando também realizaremos uma nova assembléia da categoria?, diz o presidente do Sinditest, José Carlos Belotto. Ontem, membros do sindicato percorreram os prédios do Centro Politécnico buscando mais adesões à greve. É lá que funciona o Centro de Computação Eletrônica (CCE), que foi ocupado pelos grevistas, paralisando o sistema que gerencia as notas dos alunos, a realização das matrículas e abertura das turmas. Ontem, um grupo de alunos da UFPR, contrário à paralisação, tentou desocupar o CCE, mas acabou dissuadido pelos grevistas, e não houve confronto.
Na última quinta-feira, a Pró-Reitoria de Recursos Humanos comunicou que os servidores irão fechar as portas e atender apenas duas vezes por semana. Segundo o Sinditest, 704 servidores que trabalham na UFPR estão em greve, o que representa 50% do total.
Ao menos 36 instituições federais de ensino superior paralisaram as atividades desde o último dia 28 de maio. Entre os principais itens de reivindicação estão as negociações coletivas do serviço público, elevação do valor pago pelo vale-alimentação, pagamento de auxílio-doença e a não-aprovação do Projeto de Lei Complementar 01, que faz parte do pacote legal do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que fixa um novo limite para gastos com despesas de pessoal.
