A greve dos trabalhadores dos setores de gastronomia e hospedagem começa a partir da 0h de hoje. Uma reunião no sindicato patronal foi realizada ontem para orientar os associados. Existe a ameaça de fechamento de alguns estabelecimentos. Proprietários teriam reforçado a segurança para impedir a ação dos grevistas.
De acordo com o presidente do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), Marco Fatuch, a greve é política e o sindicato que representa a categoria está espalhando ameaças. “Se fechar algum local, estarão impedindo os funcionários de trabalhar, o que é totalmente contra a lei da greve”. Fatuch afirma ainda que as ameaças prejudicam os próprios trabalhadores e exemplifica. “Se um garçom perder um dia de trabalho, perde um dia de gorjeta. Quem vai repor isso?”.
O presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, tranquiliza quem quiser frequentar os locais. Ele não acredita que haverá fechamento. Ele diz que “a proposta oferecida continua valendo. Pode até ser que as duas cláusulas não sejam exigidas, mas o teto salarial não tem como ser alterado”.
O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis) afirmou que os trabalhadores que aderirem à paralisação vão se reunir e partir para locais ainda não divulgados. As estratégias estão sendo mantidas em sigilo, mas existe a informação de que alguns estabelecimentos estão contratando segurança terceirizada.
No dia 4 de dezembro, o Ministério Público do Trabalho fará uma reunião para discutir denúncia contra a intrajornada. Os trabalhadores se apresentam para um período de trabalho, são dispensados, mas precisam retornar mais tarde.
