Durante todo o dia de ontem, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa aderiram à greve nacional e mantiveram as portas fechadas. O mesmo deve ocorrer hoje, causando uma série de transtornos aos usuários.

A paralisação, que deve durar 48 horas, foi definida em assembléia realizada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Serviço Público Federal no último dia 28 de novembro, em Brasília (DF).

Em Curitiba, no início da manhã, muitas pessoas, sem ter conhecimento da greve, formaram fila em frente aos postos de atendimento e ficaram indignadas ao saber que não seriam atendidas no mesmo dia.

O movimento é considerado de alerta e se deve ao não-cumprimento, por parte do governo federal, de acordos firmados em agosto deste ano, quando os servidores completaram dois meses de greve.

De acordo com o Sindiprevs-PR, o governo, por meio do Ministério da Previdência Social, assinou acordo para pagamento de passivos trabalhistas na ordem de 47,8%. Os valores deveriam ser divididos em quatro parcelas. A primeira deveria ter sido especificada na folha de pagamento deste mês, o que não aconteceu. A segunda deveria ser paga em 2004 e as outras duas em 2005.

“Quando não viram o valor da parcela especificada na folha de pagamento, os servidores ficaram bastante revoltados pelo fato de o governo Lula não estar honrando seus compromissos. Em protesto, resolveram fazer greve”, contou a diretora da secretaria jurídica do Sindiprevs-PR e diretora da Central Única dos Trabalhadores (CUT) estadual, Jaqueline Mendes de Gusmão. Os 47,8% são referentes ao não- pagamento de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) nos últimos quinze anos.

No Paraná, estão em atividade cerca de 3 mil funcionários do INSS, sendo 1.700 só em Curitiba. Amanhã, a previsão é de que o atendimento nos postos do INSS volte ao normal. Na sexta-feira, a federação deve promover uma plenária em Brasília para avaliar o movimento.

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