A possibilidade de greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está, por enquanto, descartada. Em assembléias realizadas na quarta-feira, 21 dos 35 sindicatos estaduais optaram em aceitar a proposta feita pela empresa.
Com isso, os funcionários terão 7,37% de reajuste, aumento no valor do vale-refeição, adicional de R$ 100 para o Operador de Triagem e Transbordo (OTT), licença-maternidade de seis meses, dentre outros benefícios.
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) tinha optado em rejeitar a proposta e continuar com o estado de greve. Entretanto, como a maioria aceitou o acordo, terá que acatar a decisão da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect).
Para o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos, houve uma certa precipitação em aceitar de imediato a proposta dos Correios. “Acredito que poderíamos avançar bem mais nas negociações. Infelizmente, a maioria teve pressa em negociar e hoje a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) será assinada”, lamenta.
Contudo, como o plano de cargos e salários não foi discutido, os servidores dos Correios devem manter o estado de greve até o dia 29 de outubro, quando uma nova assembléia vai avaliar os planos da empresa para seus funcionários.
“Queremos melhorar o nosso piso, que é de apenas R$ 603 para R$ 1.190. Além disso, vamos discutir com os Correios que quer transformar o carteiro, o atendente e o OTT em agentes de Correio. Acreditamos que essa medida iria gerar uma terceirização desses serviços e poderia acarretar em demissões”, informa.