Os servidores estatutários do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entraram ontem no segundo dia de greve. Embora o número de grevistas tenha subido em relação ao primeiro dia, a paralisação praticamente não afetou os atendimentos. Na segunda-feira, atingiu quatro setores no turno da tarde. Ontem foram 11 pela manhã e sete à tarde. Entre eles o de cirurgia e lavanderia.

No primeiro dia a paralisação só atingiu o turno da tarde, 16 pessoas das 60 que trabalham em quatro setores cruzaram os braços. Ontem, 32 funcionários de 11 setores aderiram ao movimento no turno da manhã e mais 27 no turno da tarde, distribuídos em sete unidades. Segundo a assessoria de imprensa do HC, o atendimento ainda não foi afetado porque foram poucos os grevistas em cada setor, sem falar que os funcionários celetistas não participam do movimento.

Ontem nenhuma cirurgia foi desmarcada até o fim da tarde. Mas não estava descartada a possibilidade de que isso ocorresse durante a noite. No centro cirúrgico, dos 13 funcionários do turno da manhã, oito entraram em greve, e a situação ficou parecida no turno da tarde. Na segunda-feira duas cirurgias tiveram que ser desmarcadas.

Já os números apresentados pelo sindicato são diferentes. Até o início do dia, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), 20% dos 2.176 servidores estatutários em atividade dentro do HC aderiram à paralisação por tempo indeterminado.

Escolha

“A adesão à greve é voluntária. Porém, não vamos encerrá-la até que o governo federal cumpra com sua palavra”, afirma o vice-presidente do Sinditest, Antônio Neris de Souza. “O presidente Lula se comprometeu a nos conceder um reajuste salarial de 9% a 32%, sob forma de gratificação e a partir do último mês de maio. A promessa não foi cumprida e esse é o motivo da paralisação”.

continua após a publicidade

continua após a publicidade