A paralisação dos funcionários da Urbs afetou ontem principalmente o serviço de EstaR e os serviços relacionados ao cartão-transporte, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano).
Segundo o diretor do sindicato, Luiz Carlos Viana, a adesão da categoria “é praticamente total, 100%”. Ele informa ainda que o sindicato não foi notificado de qualquer decisão da Justiça do Trabalho envolvendo a greve. De acordo com a Urbs, a Justiça do Trabalho determinou em liminar que no mínimo 50% dos funcionários estejam em seus postos de trabalho, pra cada uma das carreiras, durante a greve.
São cerca de 1,5 mil funcionários ligados à Urbs. Do total, mais de 400 agentes atuam nas ruas, em serviços ligados ao estacionamento rotativo e à fiscalização do transporte coletivo. Os funcionários fizeram protestos na Rodoviária e na Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). A greve é por tempo indeterminado.
A assessoria de imprensa da Urbs lembra que há 25 endereços na cidade, como bancas, onde é possível carregar o cartão-transporte e comprar um cartão avulso.
Segundo o sindicato, o último salário, previsto para cair na sexta-feira (24), ainda não foi pago. “A Urbs sempre pagou em dia. Agora volta e meia tem algum problema. O plano de saúde ficou suspenso por três dias”, diz Viana. A categoria também reclama das propostas da Urbs em relação à data-base dos funcionários, em maio. “Eles ofereceram um reajuste só da inflação, de 8,34%, e dividido em cinco vezes”, afirma o diretor do sindicato.
Cartão avulso normal
Quem tentou comprar o cartão transporte avulso na semana passada encontrou dificuldade em vários lugares em Curitiba. A implantação de um novo sistema pela Urbs foi o motivo do problema.
De acordo com a Urbs, a impossibilidade de compra ocorreu rapidamente, apenas durante a atualização do sistema. Porém, usuários e donos de bancas contaram à Tribuna que o problema foi demorado. Em uma banca de jornal no centro, por exemplo, a ausência do sistema durou pelo menos cinco dias, mas já foi solucionado. Ontem o serviço voltou a ficar sem atendimento, mas por conta da greve dos trabalhadores da empresa.
A atualização do sistema consiste no envio automático de um recibo assim que o cartão é habilitado. O ticket comprova a operação e apresenta número do equipamento, data e horário da transação, o valor pago pelo cartão e, se for o caso, a taxa de operação.
O recibo registra a cobrança da taxa de operação da banca, que custa R$ 1, mas só é feita a partir da segunda recarga. A Urbs ressalta que a cobrança da taxa é irregular quando realizada na primeira recarga e com o recibo será possível comprovar a possível irregularidade.
Por mês são comercializados em média 3,6 mil cartões avulsos, que podem ser carregados quantas vezes forem necessárias, com o limite de 25 passagens, em bancas de jornal, pontos comerciais, na Urbs ou pela internet. (Da Redação)
Abusados
Com a greve dos fiscais muitos motoristas estão abusando e estacionamento, além dos locais do EstaR, nas vagas destinadas aos idosos e deficientes. Lamentável.