Apesar de os servidores da rede de saúde da capital terem aprovado, em assembleia, a realização de uma paralisação a partir desta segunda-feira (5), a Prefeitura Municipal de Curitiba garante que os serviços de urgência e emergência não serão interrompidos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo de funcionários que pretende aderir à mobilização não integra os quadros dos Centros Municipais de Urgência Médica (CMUMs).
Apesar disso, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) afirma que as atividades paralisadas devem corresponder a 30% ou 40% do total, incluindo serviços laboratoriais, farmacêuticos e nutricionais. Dos sete mil funcionários da área de saúde, cerca de 1,2 mil devem aderir à mobilização. Eles fazem parte do grupo que deixou de ser contemplado pelo projeto de lei que reduz a carga horária dos demais servidores da Prefeitura para 30 horas semanais e, portanto, reivindicam que sejam incluídos na nova legislação.
A Secretaria Municipal da Saúde confirma que o atendimento nos laboratórios pode ser comprometido caso a paralisação se confirme, o que poderia trazer alguns prejuízos aos pacientes, diferente das outras atividades que devem ser interrompidas, que são menos urgentes. No entanto, o órgão afirma que já tem uma estratégia para que o atendimento não seja comprometido e que deve orientar os médicos para que reduzam as solicitações de exames caso a paralisação interfira nos serviços dos laboratórios.
Além da paralisação, os servidores pretendem realizar uma caminhada a partir das 8h de segunda-feira, saindo da Praça Santos Andrade, como parte da mobilização. Parte deles também deve fazer um ato em frente à Câmara Municipal de Curitiba no mesmo dia, a partir das 9h.
Segundo o Sismuc, a mobilização em frente à casa é para pressionar os vereadores a votar contra uma emenda proposta pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) à Lei Orgânica do município, que revogaria a data-base e a isonomia da categoria, fazendo com que haja possibilidade de congelamento dos salários.