Greve na Sanepar rumo ao dissídio

A greve dos funcionários da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) vai continuar. O resultado parcial das assembléias dos servidores, divulgado ontem, mostrou que dos 2.365 votos, 1.497 rejeitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa. Ainda falta contabilizar os votos de algumas cidades do interior, mas os dados só serão fechados na segunda-feira. Porém, o número de votantes que ainda restam não é suficiente para reverter a diferença de votos. O diretor comercial da Sanepar, Natálio Stica, disse ontem que se a proposta não for aceita, a empresa vai ratificar o pedido de dissídio coletivo.

A queda de braço entre a Sanepar e os funcionários prossegue. A empresa elaborou uma terceira proposta de reajuste salarial, que está sendo votada pelos trabalhadores. Passou a oferecer aumento de 3,12%, que corresponde à inflação do último ano, mais um aumento linear de R$ 55 para todos os trabalhadores.

A proposta incide de forma escalonada nos salários dos funcionários, variando de 3,77% a 11,56% de aumento. Os maiores índices são oferecidos para os trabalhadores com salários menores. A empresa tem cerca de seis mil funcionários, distribuídos em 10 faixas salariais. Os 1.576 trabalhadores que recebem entre R$ 651,70 e R$ 701,18 ganharão, respectivamente, entre 11,56% e 10,96% de reajuste. Para os 1.001 trabalhadores que estão na maior faixa salarial, a empresa está oferecendo entre 3,77% e 5,64% de reajuste. A Sanepar também está oferecendo a manutenção do auxílio-alimentação, entre outros benefícios sociais.

Porém mais uma vez os índices oferecidos não agradaram os funcionários e a greve deve continuar. Na segunda-feira, a cidade de Londrina e outras do interior votarão a proposta. Mas, segundo o diretor-presidente do Sindicato dos Químicos do Estado do Paraná, Elton Evandro Marafigo, o número de pessoas é insuficiente para reverter o quadro.

Stica diz que se o resultado parcial se confirmar, a empresa retirará a proposta feita e a decisão sobre o reajuste ficará a cargo da Justiça. ?Indo para dissídio, não existe mais a contraproposta da empresa, com todas as vantagens podendo ser perdidas?, comenta. O diretor da Sanepar afirma que já foram tomadas todas as providências para que os serviços de abastecimento e de coleta de esgoto não sejam prejudicados. Até o momento, esses serviços não foram afetados, apenas os de leitura de contas e atendimento ao público. 

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