Dia de pagamento para muitos empregados, hoje o dia começa com a possibilidade de faltar dinheiro em algumas agências bancárias e caixas eletrônicos. Isso porque até o fim da tarde de ontem, os carros-fortes não tinham saído das empresas para reabastecer os bancos de Curitiba.
No início da semana, isso não aconteceu por causa do início da greve dos vigilantes de carros-fortes dos bancos. No entanto, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) determinou a volta ao trabalho dos empregados de duas das quatro empresas do setor que atuam na capital.
Esse retorno, das empresas Brinks e Prosegur, deveria ter ocorrido na última quinta-feira, mas até agora a atividade não foi normalizada. O Sindicato dos Vigilantes (SindVigilantes) demonstra estranheza nessa atitude das empresas.
“As empresas recolheram todo o pessoal lá dentro, mas não quiseram liberá-los. Abrinq e Prosegur deveriam estar abastecendo os bancos e a impressão é de que as empresas agora estão forçando essa situação para que os bancos reajustem os contratos com elas”, informa João Soares, presidente do SindVigilantes.
Ainda segundo o sindicato, já estariam faltando notas de R$ 50 e R$ 100 em algumas agências da cidade. “Os caixas eletrônicos externos já estão sem dinheiro. Amanhã (hoje), dia de pagamento, vai ser o caos”, completa Soares. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informou que não recebeu nenhuma denúncia ou informação oficial sobre a falta de cédulas nos bancos.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores, Gerson Pires, não foi encontrado pela equipe de reportagem de O Estado para responder sobre o impasse.
Greve
Como não houve acordo, nas outras duas empresas, Proforte e Transbank, a greve continua, pelo menos até o julgamento do dissídio coletivo. A proposta de reajuste das empresas foi considerada insuficiente aos vigilantes, com aumento de 1% de ganho real acima do INPC. Os trabalhadores pedem 10% de ganho real.
