Greve dos vigilantes já prejudica o sistema bancário

Os vigilantes do Paraná cumpriram a própria promessa e deram início, na manhã de ontem, a uma greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam melhores condições salariais e de trabalho. Em Curitiba, se reuniram, durante grande parte do dia, na praça Santos Andrade.

As ações, na capital, eram voltadas principalmente às agências bancárias. Durante a manhã, várias agências da região central foram fechadas, pois os vigilantes que ali atuam aderiram ao movimento.

Segundo a legislação, a abertura de agências bancárias não é permitida sem a presença de, no mínimo, dois vigilantes. Em uma agência localizada na avenida Marechal Deodoro, a ação dos grevistas acabou resultando em bate-boca entre eles e gerentes do local, que queriam impedir o fechamento.

“Entendemos as dificuldades que a categoria está tendo em negociar suas reivindicações”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Otávio Dias.

“Estamos tentando negociar desde 17 de dezembro, mas sem sucesso. Não encontramos outra alternativa”, afirmou o secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, Ademir Pincheski. Além do sistema financeiro, a greve dos vigilantes também deve afetar setores da indústria, comércio, órgãos públicos e privados.

Negociação

No final da tarde de ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT) mediou uma tentativa de encerrar a greve. A proposta consistia em um reajuste de 7% no piso da categoria, vale refeição de R$ 14 e adicional de risco de 13%.

Mas os empresários não aprovaram a proposta e mantiveram o que havia sido oferecido inicialmente, de reposição da inflação e aumento de 1% no adicional de risco. Os protestos e a greve devem continuar hoje. No total, são cerca de 22,6 mil vigilantes no Paraná, sendo 6,5 mil em Curitiba.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna