Impasse

Greve dos vigilantes deve continuar no Paraná

Uma audiência de conciliação no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) hoje, às 10h30, em Curitiba, traz a possibilidade do fim da greve dos vigilantes, iniciada anteontem.

Porém, a chance do movimento continuar é bastante grande, pois enquanto os empresários afirmam que não têm uma nova proposta, os trabalhadores dizem que só encerram o impasse caso suas reivindicações sejam atendidas.

Os vigilantes reivindicam a reposição integral do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), mais 5% de aumento real, totalizando cerca de 11% de aumento. Eles também pedem 15% de adicional de risco de vida e vale-alimentação de R$ 15, que hoje vale R$ 10.

O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) já ofereceu 7% de aumento, mais 7% de adicional de risco e 10% de reajuste no vale-alimentação.

Porém, a proposta foi recusada pelos trabalhadores. Segundo o presidente do Sindesp, Jeferson Nazário, não há uma nova proposta para ser discutida hoje no TRT.

Já o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, garantiu que se houver uma proposta que agrade a categoria, o movimento deve terminar ainda esta manhã.

Soares afirmou ontem que 270 agências bancárias já fecharam por conta da paralisação. Isso ocorre porque a Lei 7102/198 estabelece que os bancos só podem abrir ao público se tiverem um mínimo de dois vigilantes atuando. Segundo Soares, em Paranaguá e em São José dos Pinhais, todas as agências – exceto as do Banco do Brasil – fecharam ontem.

Em Campo Largo, somente as agências do Bradesco abriram. Ele acrescentou que 60% dos cerca de 21 mil vigilantes do Paraná aderiram à greve, informação contestada pelo presidente Sindesp, que afirma que a adesão não chegou nem a 5%.

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