Parte dos 150 mil alunos da rede municipal de ensino deve continuar sem aula nesta terça-feira (12) devido à greve dos professores iniciada nesta segunda-feira (11) e que terminou a segunda-feira sem acordo em relação ao Plano de Carreira. Apesar da continuidade da paralisação, a Secretaria de Educação recomenda que os pais levem seus filhos para as escolas hoje, já que há um esforço de manter a normalidade do atendimento dos alunos durantes os dias de greve. A orientação é que os pais liguem para as instituições de ensino e verifiquem se elas estarão ou não atendendo os estudantes.
Os professores fazem nova mobilização hoje e estarão concentrados, a partir das 10h, em frente à Câmara Municipal de Curitiba. O objetivo é dar continuidade à mobilização que contesta o projeto de lei enviado no início de julho para os vereadores, que estipula dois anos para a implantação do plano. Ao meio dia está marcada uma audiência entre representantes da categoria e vereadores.
Na tarde de ontem, em uma reunião envolvendo as secretarias de Educação, Governo e Recursos Humanos e a Comissão de Negociação de Greve do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), a prefeitura explicou não possuir orçamento para atender essa reivindicação logo em 2015. Mas ressaltou que as perdas acumuladas pelos servidores serão repostas gradativamente e com correção ao longo dos próximos 24 meses, a contar da data de aprovação do plano cujo projeto foi enviado à aprovação dos vereadores.
O Sismmac, por sua vez, defende que seria necessário um acréscimo de 1,87% no orçamento previsto para a educação no ano que vem, passando de pouco mais de 28% para 30%, para instituir o plano de carreira. Só que esse montante, na conta da prefeitura, não tem de onde ser retirado. “A administração municipal se mostrou intransigente em relação à principal reivindicação dos professores: a redução do prazo de implantação do novo Plano de Carreira”, avaliou, em nota, o sindicato.
Sem aula
Pelos números iniciais da Secretaria de Educação, 60% dos estudantes ficaram sem atendimento e 48% dos professores aderiram ao primeiro dia de paralisação. Além disso, a falta sem justificativa será descontada. De acordo com o Sismmac, o primeiro dia contou com 70% de adesão. Ao contrário da secretaria, o sindicato solicita aos pais apoiarem os professores e não levarem os filhos para a escola.
