A greve nacional dos petroleiros ainda não afetou o fornecimento gás no Paraná. Mesmo com efetivo reduzido, as unidades da Petrobras no Estado seguem com a produção em ritmo menor e as distribuidoras continuam com estoque limitado. O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro) estima que a adesão tenha chegado a 90% entre os trabalhadores da área operacional e 75% no setor administrativo. Em todo o País a média de participação é de 90% a 100%, tanto de funcionários fixos como terceirizados.

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Na Repar, em Araucária, funcionários classificados pela categoria como “fura-greves” trabalham desde o início da manhã de quinta, sem substituição por novos profissionais. O presidente do sindicato, Silvaney Bernardi, alerta que são equipes sem familiaridade com o processo e que já chegam à exaustão, com possibilidade de acidentes. O risco também existe no Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar), onde a situação é semelhante e o bombeamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) para a Repar, que estava previsto para a tarde de ontem, não foi realizado. Para Bernardi, a operação não foi realizada por causa da defasagem na equipe, que pode comprometer o processo.

Risco

“A empresa está em piloto automático. Qualquer oscilação exige muita experiência e uma pessoa descansada, que tenha tranquilidade. Os funcionários estão operando em número menor do que o de referência. Isso é uma situação de risco, eles têm repouso provisório e também cai bastante a percepção. Estamos à disposição para negociar a rendição destes funcionários”, ressalta.

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A principal reivindicação dos petroleiros é a suspensão do leilão para a exploração de Libra, a maior reserva de pré-sal, que deve chegar a produzir 1,4 milhão de barris de petróleo por dia. O leilão está marcado para segunda-feira.