A primeira segunda-feira de 2004 teve início e a batalha das pessoas que necessitam fazer exame de perícia no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) continua. A greve dos médicos peritos, iniciada no último dia 3 de dezembro, se manteve com força total no novo ano, fazendo com que muita gente procurasse em vão as agências do INSS em todo o Estado.

No total, são 2,4 mil médicos peritos no quadro funcional do Ministério da Previdência Social e mais 4 mil terceirizados em atividade no País, dos quais trinta trabalham em Curitiba. A adesão à greve, segundo a Associação Paranaense dos Médicos Peritos, é de cerca de 90% entre os integrantes do quadro funcional.

A categoria reivindica a estruturação da carreira de Perito Médico da Previdência Social, com implantação de um plano de carreira, e a conseqüente realização de concurso público objetivando o fim da terceirização das atividades de perícias médicas que acontecem no INSS.

?Os concursos para a contratação de médicos peritos não acontecem desde 1975. Por isso, há uma defasagem gigantesca no Brasil?, diz o presidente da associação, Chil Korper Zunsztern. ?Apesar das greves realizadas pelos funcionários da Previdência Social, esta é a primeira realizada pelos médicos peritos.?

A paralisação tem gerado atraso no pagamento de benefícios. Quem já está recebendo não enfrenta problemas. O dinheiro não vai ser bloqueado mesmo sem a perícia ter sido realizada. Quem mais sofre são as pessoas que estão dando entrada nos documentos, pois o período de espera está sendo, no mínimo, de quinze dias a mais do que o normal.

Amanhã, em Brasília (DF), representantes da Associação Nacional dos Médicos Peritos devem realizar uma assembléia para fazer um balanço geral do movimento e definir os rumos da greve.

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