Foto: Anderson Tozato |
Nílson: ?Proposta ridícula?. continua após a publicidade |
No fim da tarde de ontem, o comando de greve dos trabalhadores dos Correios e a diretoria da empresa chegaram a um acordo em Brasília, após audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Assembléias em todo o País acontecem para decidir a suspensão ou não da greve, que entra hoje em seu oitavo dia. A decisão em Curitiba depende de assembléia que será realizada às 10h pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), em frente ao prédio central dos Correios, na Rua João Negrão.
Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) aceitaram reajuste salarial de 3,74%, abono salarial de R$ 500, valor que deve ser pago 15 dias após a assinatura do acordo, além de aumento linear de R$ 60 para toda a categoria em janeiro de 2008. Entretanto, para o secretário-geral do Sintcom-PR, Nílson dos Santos, a proposta continua ?ridícula? e ele espera que a votação decida pela continuidade da paralisação. Até ontem, a adesão era de 90% dos trabalhadores no Paraná, segundo Santos. Os Correios trabalhavam com um percentual de 45%.
Outra decisão do encontro estabeleceu que os grevistas não precisam fazer reposição das horas sem trabalhar, desde que o fluxo de correspondências seja normalizado. A assessoria de imprensa dos Correios afirmou que há 18 milhões de objetos a serem entregues nas agências brasileiras.
Bloqueio
Por meio de sua assessoria de imprensa, os Correios voltaram a informar que as entradas do prédio central foram bloqueadas ontem. Como os veículos não puderam entrar no local, os trabalhos de tratamento, recebimento e expedição das correspondências continuariam sendo feitos no quartel-general do bairro Pinheirinho.
A decisão pela multa de R$ 50 mil por dia de bloqueio dos trabalhadores às entradas dos prédios empresa foi ratificada pelo Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba. O secretário-geral do Sintcom-PR diz que a ação não procede. ?Desde o início da greve, o direito de ir e vir está garantido.?