Cerca de 609 mil cartas e encomendas estão atrasadas no Paraná, devido à greve nos Correios. O número corresponde à média diária de correspondências entregues na Grande Curitiba e persiste mesmo após o mutirão no fim de semana, quando funcionários que não aderiram à paralisação realizaram 400 mil entregas no Estado. A greve levou à suspensão dos serviços de entregas com data marcada: Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje. O Sedex normal e os demais serviços oferecidos pela empresa continuam disponíveis, mas com grande possibilidade de atrasos.
Decretada na quarta-feira por sindicatos de todo o País, a greve nos Correios atinge 23 estados e o Distrito Federal. Os trabalhadores reivindicam aumento real de salário de 15%, além de recomposição da inflação de 7,13%. Os Correios ofereceram reajuste de 8% no salário e de 6,27% nos benefícios. Ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção das atividades de pelo menos 40% dos empregados em cada unidade durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Os Correios pediam a manutenção de 80% das atividades, mas o ministro Eizo Ono considerou que o limite “ensejaria quase a normalização dos serviços, a frustrar o exercício do direito fundamental dos empregados à greve”.
Adesão
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a adesão à greve no Estado atingiu 70% da categoria. A direção da estatal garante que 90% dos funcionários estão trabalhando normalmente.