Os funcionários dos Correios no Paraná permanecem em greve e, segundo levantamento do sindicato da categoria, a paralisação atinge 45 municípios em todo o estado.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), está marcada uma manifestação na manhã desta quinta-feira (3), em frente à sede da empresa, em Curitiba. De acordo com o sindicato, os trabalhadores vão levar mangueiras, vassouras e sabão para o protesto e também vão usar um caminhão-pipa.
O ato faz referência ao que a categoria considera uma série de injustiças nos Correios, como a disparidade no pagamento da participação nos lucros e a retirada do adicional de risco dos carteiros.
De acordo com o secretário-geral do sindicato, Nilson Rodrigues dos Santos, para qualquer acordo ser assinado com a empresa, é preciso que as assembléias de pelo menos 18 dos 33 sindicatos da categoria em todo o país concordem. ?O comando de negociação não fecha acordo, não delibera. Apenas negocia."
Segundo Santos, o tráfego diário de correspondências no Paraná é, em média, de 1,2 milhão de cartas simples. Também são entregues por dia cerca de 60 mil cartas registradas e 30 mil encomendas pelo Serviço de Encomenda Expressa dos Correios (Sedex) no estado.
Em todo o país, são movimentados diariamente quase 35 milhões de objetos. O sindicato calcula que cerca de 90% da distribuição no Paraná esteja comprometida devido à greve.
A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) estima que 60% dos trabalhadores no estado tenham aderido à paralisação. No Paraná, a empresa tem 6 mil servidores, a metade carteiros.